domingo, 31 de maio de 2009

|Dois e dois....

Tudo começou com um simples e fatal olhar, daqueles em que por 5 segundos o coração pára, depois acelera, quase grita. Então é que eles se reconhecem. Reconhessem em si o poder que têm um sobre o outro. São livres, e sempre serão. Quanto mais libertos estão, mas são um do outro. Toda vez que ela o vê ou sente seu olhar a cortar-lhe, logo vem o bendito músculo cardiaco a palpitar. Mas não é só pelo olhar que eles se reconhcem, embora se entendam perfeitamente sem palavra alguma. O cheiro. Eles podem se sentir de muito longe. são como animais encurralados. Vivem cada segundo como se fosse o último, vivem para si, um pelo outro. Se beijam como se o mundo não lhes permitisse mais beijar. Se tocam como se os seus corpos dependedessem vitalmente um do outro. Se sentem como se nesta existência se bastassem. Se bastam, embora jamais viverão relação alguma. É como se tudo já estivesse preparado para o seu encontro. Um minuto a mais é também um minuto a menos na espera tão longa de uma ausência indesejada. É um carrossel de e emoções, um caleidoscópio de sentimentos, uma certeza controversa. "É um querer mais que bem querer..." É inspiração que nunca acaba, é zelo sem medida, é ardencia e ânsia.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Premeditações

No esgar de um sorriso é que se reconhce a coisa amada.
Ele a esperava todos os dias naquele mesmo lugar: o capô do carro do patrão.
Todos os dias ela passava, e ele olhava. Por tempos tudo não passou de um olhar.
Todos os dias a mesma coisa. Mas de lá detrás de seu volante ela sabia que ali se encontrava o que ela tanta procurava.Ela mudava o caminho na maioria das vezes só para ter a chance de vê-lo. A curiosidade, o clima, tudo ajudou na busca dos dois.
Um dia mais que seus olhos se cruzaram. Suas vidas se entrelaçaram.
Ele estava subindo a escada do prédio em que morava quando de repente ela passou por ele. A surpresa de ambos, logo deu lugar ao desejo latente que emanava dos corpos irmãos. As luzes se apagaram como que num convite para eles. Nada disseram. Nada a dizer havia. A mão dele na face dela, a dela na cintura dele. Seus lábios em sua orelha.
Arrepio de desejo a espalhar-se da nuca ao tornozelo. O som de sua respiração, o doce hálito, o calor de suas mãos. Começou brando, logo ele a tomava nos braços, e ali mesmo tudo aconteceu. Foi uma mistura de corpos, um cruzamento de sentidos, nada fazia sentido.
Ambos se amaram como se o mundo só houvesse para os dois.
Ali onde os olhos alheios se manifestavam , os dois viveram seu ardente amor eles ultrapassaram todas as barreiras. No fim, foram corpos contentes, almas nuas, desejos atendidos. Ali um descobriu o seu quê, que lhe faltava, exatamente ali no outro. Foram-se, tendo por companheira a lua, e secretaram em si a molecagem que fizeram... eles não são mais os mesmos...jamias serão.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Acasos

Já estavam juntos no mesmo lugar há quinze dias...
Saíram numa mesma galera, mas nada havia entre eles, apenas a convivencia, forçada, exaltemos. Há um ditado que diz:quando um não quer dois não brigam. Pois é, nesse instante ínfimo em que ainda dá tempo de voltar atrás, é que geralmente se resolve seguir em frente.
Correr os riscos é que torna a vida interessante. Ultrapassar os limites da inocência e partir pra etapa em que ou se pára por ali, ou se vai até o final doa a quem doer.
O que eles tinham em comum era a convivencia de fato. E o fato de há muito não terem
ninguém. Bom, ele tinha, ela não.
Podia ser uma bela lembrança, ou um problemasso.
Resolveram juntos, embora tenham evitado qualquer contato físico, que ultrapassariam a a barreira, também juntos.
Começou com um toque suave nos ombros, como quem começa uma massagem. Depois foi descendo pelas costas dela, tudo bem devagar. A respiração mudou, o frio que cortava deu lugar a um suor de medo, ansia, desejo. O corpo começou a tremer, e tremia aos poucos enquanto a mão dele deslizava sobre as curvas dela...
Não estavm sozinhos, isso aumentava ainda mais a ansiedade dos dois...perto de desistir e perto de fazer...
Ele foi além, foi homem, ela gostou. Mas se manteve firme.
Ela lhe permitiu menos, e ele entendeu.
quando já não dava mais para evitar, qualquer barulho fazia-os recuar...
E foi assim a noite toda, como crianças eles agiram, aquelas que sabem estar fazendo arte, mas continuam até saber onde podem ir...
Os corpos cantavam canções, e os dois dançavam a mais bela valsa juntos, no mesmo rítmo, com a mesma empolgação.
Fatalmente seus olhos há muito receosos se encontraram, seus lábios se tocaram.
O sangue subiu-lhes a face, o coração disparou, beijaram-se ardentemente, com ansia, com desejo, com medo; medo de serem pegos, e pela mesma razão, foram além, beijaram-se sem medo, com vontade.
Despertos se separaram...com a promessa de que a lembrança seja guardada...
Quiçá revivida...
o importante é que não se negaram, se entregaram como se não mais houvesse oportunidade de fazê-lo, mas farão outra vez....