terça-feira, 24 de novembro de 2009

Saudade

Quando algo me aflige, quando me aperta o peito, eu uso meus dedos.
Ponho na caneta que escreve estas palavras todo o meu sentimento, derramo sobre o papel a tinha que é quase o sangue que eu derramo por dentro, quando o vazio se apossa de mim.
No colorido do traçado, muitas vezes azul, está boa parte do que me destruiria se estivesse em mim. Cada minuto gasto a escrever é um minuto ganho em paz de espírito.
Enquanto meus dedos correm por estas páginas, musica corre pelos meus ouvidos. O som da chuva lá fora numa tarde quente de verão é música, o tinir da caneta no papel é musica, a dor no peito que bate forte, de saudade, também é musica.
Só existe uma dor no homem, saudade. Saudade é como quando falta açúcar no chá. É bom, faz bem, mas ainda falta alguma coisa que dê sabor.
Mergulhar na insensatez muitas vezes é uma fuga, mas nem sempre acaba por preencher estas lacunas. A palavra que define a saudade é : falta. Tem sempre a insistente ausência de alguma coisa que se faz notoriamente presente em nós.
Quando foi que esta dor começou a doer?
E quando é que ela vai parar?
Saudade é a presença da ausência que dói no peito e sangra, mas um dia sara.
Tenho até às 00:00hs do dia de amanhã para acabar com esta saudade.
Eu sou Maria. Não há mais espaço para esta ausência. Faça-se presente. Preencha.
Estes, que não sei se verdes ou azuis, são lindos, os mais lindos olhos que eu já vi.
Abre esta janela novamente a mim, me deixa entrar, prometo em troca , nunca mais sair.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Porquês de Maria

Maria se silencia na busca de alguns porquês em sua vida.
Ela se pergunta porque atrai tanto as pessoas.
Por que sorri tanto, porque ama tanto.
Se pergunta ainda se é feliz.
Ela descobriu em si mesma a resposta para todas estas perguntas.
Agora ela sabe que só quando se libertou de preconceitos e estigmas pode realmente ser feliz.
Maria faz da sua vida um paradoxo.
Ela sorri o quanto pode, ela ama, ela se ama.
Ela é verdadeira e autêntica, sincera e leal.
Linda, saudável, admirável, desejável.
eh meiga, inocente, ingenua, provocante, libidinosa.
Mas é sempre ela mesma, embora a cada segundo seja uma mulher diferente, que nunca deixa de ser uma garota, e muito, mas muito feliz.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O comportamento de Maria

As coisas, as pessoas, o mundo muda.
Maria mudou. Mudou muito, mas continua a mesma.
Se ontém Maria escandalizava tudo, hoje Maria prepondera.
O primeiro amor de Maria faz com ela seja cada vez mais adulta,
embora Maria nunca vá deixar sua criança morrer.
Maria fugia da vida, hoje vai de encontro à ela.
Maria mudou tanto que hoje faz tudo aquilo que dizia que jamais faria.
Maria descobriu que seu guarada-roupas, seu corte de cabelo, a cor de suas meias,
nada disso tem importância quando se sabe o que quer.
Maria sabe que suas atitudes chocarão o mundo, mas não é por isso que Maria desistirá de ser como é.
Maria se sente uma adolescente, do tipo que não sabe ainda se deixou de ser criança
e se chegou a ser adulta. Ela aje conforme lhe cai bem, e Maria se diverte muito assim. Maria sabe o preço que tem de pagar por viver sem limites, mas está disposta a
pagar o preço. Tudo é justo, é uma troca.
Nos seus anseios mais íntimos Maria ainda sonha com o vestido branco.
Na suas realidades mais verdadeiras Maria se permite tudo, inclusive aquele amor que a arrebata, que lhe dói o estomago, que lhe arranca as visceras.
Quando estão juntos Maria se entrega, ali, eles são como dois animais.
O cheiro de um é como imã para o outro.
O suor da pele, o palpitar do coração, a ansia que os move faz com que Maria queira sempre mais. Da vez mais recente Maria descobriu que ser mulher pode ser melhor do que imaginava. O formato de seu corpo foi feito exatamente para se encaixar no dele.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Maria e...Maria.

Maria tem a alma dividida em três.
Um lado feminino
Um lado masculino
Um lado andrógino, bi, duplo, bifurcado, ambi, dual, reflexivo.
Para Maria não existem problemas, aliás problemas são coisas que os outros criam.
Mari convive bem com todos os seus lados, e convive ainda melhor com as pessoas com a qual divide seus lados.
Com o seu lado masculino Maria se entrega à Sua Namorada com seu mais íntimo amor, aquele que conhce seu par, que divide das mesmas angustias e que sabe que a cada 28 dias algo se renova em si, e nela.
Com seu lado feminino Maria se entrega de corpo e alma a seu namorado, ele um homem que arreba ta seu coração e faz Maria tremer.
Com seu lado "both", Maria se divide entre um e outro e se realiza em si mesma. Maria se completa sem precisar de ninguém, mas adora se dividir e se multiplicar.

domingo, 28 de junho de 2009

Não me ame....

Cada vez que nossos olhos se cruzam, dá uma dor no peito, fecha a garganta, a respiração falha, me falta o ar dos pulmões.
O seu amor me sufoca a ponto de me fazer querer sempre voltar atras.
Eu te amo. "Não me ame, por que pareço diferente"
Quero que cada sorriso seu me encha de ternura, que cada abraço se revele em mais amor...
Só sei te amar quando estou livre, a liberdade me move, por ela eu grito.
"Não me ame, nunca se engane com esse amor tão grande e tão dividido."
Só pretendo que saiba que nada vai mudar, continuarei te amando, cada vez mais.
Por que na luz dos seus olhos eu encontro meu caminho. No som de sua voz encontro meu sossego.
Mas apenas me ame, ou não me ame.
Busque em mim apenas o que eu puder lhe dar, é tudo que tenho a lhe oferecer.
O futuro está tão distante, ou a um passo de nós.
Apenas viva cada minuto do nosso amor.
"Não me ame, pra seguir sofrendo e ficar por dentro cheio de arrependimento
Não me ame com os pés na terra , quero abrir as asas e voar no espaço entre o céu e o inferno."

Jamais te esquecerei...eu sempre irei te amar.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Amar...

Maria tem cinco amores.
Uma parte equivocada do mundo se pergunta: como Maria consegue?
Para cada amor, um jeito diferente de amar.
O primeiro amor de Maria é um homem 23 anos mais velho que ela. Para ele ela reserva toda sua disposição, todo o seu carinho, e mais toda a sua ardência. Juntos eles vão onde quiserem, pois sabem que se completam em todos os sentidos, principalmente no sexo.
Com ele Maria pode ser quem ela quiser, da santa, martir à prostituta em segundos, basta querer. E ela sabe como ser qualquer uma delas.
O segundo amor de Maria tem um pouco menos, apenas 16 anos de diferença. Ele mora longe, quase nunca se vêem, mas se falam o tempo todo. Dele ela sempre espera a surpresa, a inconstância da vida, o perigo.
O terceiro amor de Maria é o seu lado feminino. Uma garota linda, loirinha, dois anos mais nova. Cheia de amor e dúvidas a dividir. Com esse amor, Maria se sente feliz, resolvida, entende à que veio ao mundo e entende porque é tão fascinante ser mulher.
O quarto amor de Maria é seu melhor amigo, aquele com quem ela anda mãos dadas na rua, o seu igual, o que ela apenas deu um beijo de leve, aquele que ela acorda pra contar de um sonho estranho, aquele com quem ela divide todas as suas emoções. Desse amor, Maria não espera nada, pois sabe que tem tudo. E se entrega a ele na mesma medida.
O quinto amor de Maria é o amor da fuga, o amor da pressa, da urgência ou da total falta dela. É o cara que ela vê todo dia, mas nunca sabe quando vai tê-lo outra vez. É o amor mais entregue e o menos carnal. É aquele que quanto mais combinam, menos se encontram. É o que a maioria repudia, e o que ela mais insiste. Por que Maria tem o dom de insistir em causas perdidas, e quase sempre as vence.

Maria tem outros amores e uma eterna Melhor Amiga|Outra Parte, convive ótimamente com eles, e jamais se sente menor por isso. Maria ama, e tem a certeza que só o Amor que sente faz com que ela levante todas as manhãs e VIVA!

domingo, 31 de maio de 2009

|Dois e dois....

Tudo começou com um simples e fatal olhar, daqueles em que por 5 segundos o coração pára, depois acelera, quase grita. Então é que eles se reconhecem. Reconhessem em si o poder que têm um sobre o outro. São livres, e sempre serão. Quanto mais libertos estão, mas são um do outro. Toda vez que ela o vê ou sente seu olhar a cortar-lhe, logo vem o bendito músculo cardiaco a palpitar. Mas não é só pelo olhar que eles se reconhcem, embora se entendam perfeitamente sem palavra alguma. O cheiro. Eles podem se sentir de muito longe. são como animais encurralados. Vivem cada segundo como se fosse o último, vivem para si, um pelo outro. Se beijam como se o mundo não lhes permitisse mais beijar. Se tocam como se os seus corpos dependedessem vitalmente um do outro. Se sentem como se nesta existência se bastassem. Se bastam, embora jamais viverão relação alguma. É como se tudo já estivesse preparado para o seu encontro. Um minuto a mais é também um minuto a menos na espera tão longa de uma ausência indesejada. É um carrossel de e emoções, um caleidoscópio de sentimentos, uma certeza controversa. "É um querer mais que bem querer..." É inspiração que nunca acaba, é zelo sem medida, é ardencia e ânsia.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Premeditações

No esgar de um sorriso é que se reconhce a coisa amada.
Ele a esperava todos os dias naquele mesmo lugar: o capô do carro do patrão.
Todos os dias ela passava, e ele olhava. Por tempos tudo não passou de um olhar.
Todos os dias a mesma coisa. Mas de lá detrás de seu volante ela sabia que ali se encontrava o que ela tanta procurava.Ela mudava o caminho na maioria das vezes só para ter a chance de vê-lo. A curiosidade, o clima, tudo ajudou na busca dos dois.
Um dia mais que seus olhos se cruzaram. Suas vidas se entrelaçaram.
Ele estava subindo a escada do prédio em que morava quando de repente ela passou por ele. A surpresa de ambos, logo deu lugar ao desejo latente que emanava dos corpos irmãos. As luzes se apagaram como que num convite para eles. Nada disseram. Nada a dizer havia. A mão dele na face dela, a dela na cintura dele. Seus lábios em sua orelha.
Arrepio de desejo a espalhar-se da nuca ao tornozelo. O som de sua respiração, o doce hálito, o calor de suas mãos. Começou brando, logo ele a tomava nos braços, e ali mesmo tudo aconteceu. Foi uma mistura de corpos, um cruzamento de sentidos, nada fazia sentido.
Ambos se amaram como se o mundo só houvesse para os dois.
Ali onde os olhos alheios se manifestavam , os dois viveram seu ardente amor eles ultrapassaram todas as barreiras. No fim, foram corpos contentes, almas nuas, desejos atendidos. Ali um descobriu o seu quê, que lhe faltava, exatamente ali no outro. Foram-se, tendo por companheira a lua, e secretaram em si a molecagem que fizeram... eles não são mais os mesmos...jamias serão.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Acasos

Já estavam juntos no mesmo lugar há quinze dias...
Saíram numa mesma galera, mas nada havia entre eles, apenas a convivencia, forçada, exaltemos. Há um ditado que diz:quando um não quer dois não brigam. Pois é, nesse instante ínfimo em que ainda dá tempo de voltar atrás, é que geralmente se resolve seguir em frente.
Correr os riscos é que torna a vida interessante. Ultrapassar os limites da inocência e partir pra etapa em que ou se pára por ali, ou se vai até o final doa a quem doer.
O que eles tinham em comum era a convivencia de fato. E o fato de há muito não terem
ninguém. Bom, ele tinha, ela não.
Podia ser uma bela lembrança, ou um problemasso.
Resolveram juntos, embora tenham evitado qualquer contato físico, que ultrapassariam a a barreira, também juntos.
Começou com um toque suave nos ombros, como quem começa uma massagem. Depois foi descendo pelas costas dela, tudo bem devagar. A respiração mudou, o frio que cortava deu lugar a um suor de medo, ansia, desejo. O corpo começou a tremer, e tremia aos poucos enquanto a mão dele deslizava sobre as curvas dela...
Não estavm sozinhos, isso aumentava ainda mais a ansiedade dos dois...perto de desistir e perto de fazer...
Ele foi além, foi homem, ela gostou. Mas se manteve firme.
Ela lhe permitiu menos, e ele entendeu.
quando já não dava mais para evitar, qualquer barulho fazia-os recuar...
E foi assim a noite toda, como crianças eles agiram, aquelas que sabem estar fazendo arte, mas continuam até saber onde podem ir...
Os corpos cantavam canções, e os dois dançavam a mais bela valsa juntos, no mesmo rítmo, com a mesma empolgação.
Fatalmente seus olhos há muito receosos se encontraram, seus lábios se tocaram.
O sangue subiu-lhes a face, o coração disparou, beijaram-se ardentemente, com ansia, com desejo, com medo; medo de serem pegos, e pela mesma razão, foram além, beijaram-se sem medo, com vontade.
Despertos se separaram...com a promessa de que a lembrança seja guardada...
Quiçá revivida...
o importante é que não se negaram, se entregaram como se não mais houvesse oportunidade de fazê-lo, mas farão outra vez....

terça-feira, 28 de abril de 2009

Poderia ter sido, e o foi.

Era sábado. Assistia solitária a comédias românticas escolhidas a dedo por si mesma.
Nada tinha a fazer, ou provavelmente esta fosse a sua escolha. Entre cenas e distrações, descobriu um novo amigo em sua página pessoal. Era daqui mesmo, elogiava suas fotos, e a intenção delas. Puxou assunto, microfone ligado, ruídos. Pediu o numero de telefone; quarenta minutos. Combinaram com muito receio de se encontrar na noite do dia seguinte. Ela privou-lhe de seu endereço e pediu que a buscasse na praça, perto dali.
Foram a vários lugares, comeram, beberam, falaram. Ele mais que ela; em duas horas ela sabia tudo sobre ele. Ele elogiava seu sorriso, sua espontaneidade, seu jeito fácil de atrair e conquistar. A distancia emocional quase já não existia eram um o reflexo do outro, embora fosse a primeira vez que se falassem, e falaram de tudo, e de nada.
Pediram a conta, se foram. Ela pediu pra dirigir seu carro, ele aproveitou a chance de redescobri-la. Não muito longe parou o carro, e beijaram-se. Beijaram como se só houvesse no mundo, um e o outro. O passado de cada um era uma sombra. Ele ligou para ela a semana toda, ela não cedeu. Uma semana depois ele a pediu em namoro.
Ela entregou-se, foi ela mesma, amou, amou por dez dias, tempo que durou o sonho. Porque depois disto ele lhe telefonou terminando tudo. Voltou para a noiva de dez anos, da qual havia se separado há pouco tempo. Vão se casar. A ela restaram fotos, lembranças e amigos. Cresceu o desejo ainda maior de liberdade. Sua voz jamais se calará, por que ela aprendeu que o sentido do amar é ser livre. Liberta estás. Ela por isso, não derrubou lágrima sequer. Sorriu e desejou que fossem felizes, afinal ele descobriu o verdadeiro caminho de sua Lenda Pessoal, e ela o respeita por isso.

Tic-Tac

Tic – Tac, tic-tac. O barulho irritante do despertador sobre a mesinha de cabeceira há muito lhe roubava as forças. Queria correr, livrar-se do intimo som das batidas de seu coração; mas era fraca, sensível, carente. Resolveu não mais lutar, mas transformar o eco em música. Num primeiro momento titubeou, dissolveu-se em notas, desistiu. Tentou novamente, num ritmo sincronizado, breve, quente. Foi ao banheiro, molhou-se, olhou sua aparência no espelho, ela jamais voltaria. Incontáveis eram os minutos, as horas, os dias. Buscou concentrar-se em algo, mas ela sempre lhe voltava a cabeça. Fez um café, colocou uma boa dose de bourbon e sorveu de uma só vez. Tentou dormir, mas o sono não vinha, mexia-se na cama, até que finalmente o cansaço lhe venceu. Teve um, dois, três sonhos, todos povoados por ela, sempre ela. Acordou de sobressalto, quando finalmente o telefone tocou. Era ela, só ela. Dizia pra esperá-la as duas horas no aeroporto, portão 17, ela estava chegando. Tomou outro gole de café, desta vez puro, acendeu um cigarro, e sorriu. Sorriu de tanta felicidade, como há meses não sorria, gargalhou, entrou em frenesi e chorou. Lágrimas de perdão, de saudade, de veneração, de felicidade. Tomou um banho, vestiu aquele jeans rasgado, sua suéter preferida, e as sandálias de que ela mais gostava. Perfumou-se, soltou os cabelos. Desceu 9 andares de escada, parou na galeria do edifício comprou uma farta caixa de chocolates. Deu sinal para um táxi, e rumou a seu destino. Prestes a chegar ao portão 17, viu-se a contemplar um monitor de tv, que em claro e bom som anunciava o noivado de Patrícia e Ricardo, para esta noite, no hotel Glória. Sentiu-se humilhada, traída, enganada. Apagou. Acordou ao som de sirenas, tumulto, uma babel de vozes. Luzes vermelhas, piscantes.
Havia uma ambulância, ela estava dentro dela. Fora uma voz chamou sua atenção: Patrícia. Viera buscar-lhe, dizer que nada daquilo era real . Patrícia olhou para ela, beijou-a na face, sorriu incoerentemente, e pediu perdão. Apenas isso: perdoa-me. Foi tudo. Depois disso virou-se e foi embora, pros braços de Ricardo.

Maria Maria

Maria já trocou centenas de vezes de roupa. Colocou vestidos, jeans, saias. Mudou de sapatos a cada troca de roupas. Chorou, gritou, achou que não tinha nenhuma roupa. Brigou com o espelho e por fim, derrotada, sentou-se na cama. Imaginou como ele estaria naquele momento, bêbado, com alguma vadia, em qualquer canto da cidade.

Escolheu um vestido vermelho, rodado, até o joelho, ajeitou o cabelo, passou uma boa camada do seu batom vermelho paixão, tomou uma dose dupla de Blue Label, e saiu. Maria rodou a noite toda, todos os bares da cidade, e nada, nenhum sinal dele, vivo ou morto, apenas sumido. Por fim acabou num bar, esses botecos de boêmios, exausta, humilhada, vencida. Bebeu; bebeu ao fim da sofreguidão imposta por si mesma. E na bebida achou o homem de sua vida. Ele estava ali, bem ao seu lado. Chamava-se Fernando o homem que mudaria sua vida. Ele lhe deu uma rosa, chamou um táxi, levou-a para si. Fizeram amor todo o finzinho da madrugada . Ao meio dia foi pedida em casamento. Às duas assistiram um filme. Às sete jantaram. Um mês depois Maria descobriu que estava grávida. A música que tocava naquele bar, jamais deixou de ser ouvida.