terça-feira, 26 de maio de 2009

Premeditações

No esgar de um sorriso é que se reconhce a coisa amada.
Ele a esperava todos os dias naquele mesmo lugar: o capô do carro do patrão.
Todos os dias ela passava, e ele olhava. Por tempos tudo não passou de um olhar.
Todos os dias a mesma coisa. Mas de lá detrás de seu volante ela sabia que ali se encontrava o que ela tanta procurava.Ela mudava o caminho na maioria das vezes só para ter a chance de vê-lo. A curiosidade, o clima, tudo ajudou na busca dos dois.
Um dia mais que seus olhos se cruzaram. Suas vidas se entrelaçaram.
Ele estava subindo a escada do prédio em que morava quando de repente ela passou por ele. A surpresa de ambos, logo deu lugar ao desejo latente que emanava dos corpos irmãos. As luzes se apagaram como que num convite para eles. Nada disseram. Nada a dizer havia. A mão dele na face dela, a dela na cintura dele. Seus lábios em sua orelha.
Arrepio de desejo a espalhar-se da nuca ao tornozelo. O som de sua respiração, o doce hálito, o calor de suas mãos. Começou brando, logo ele a tomava nos braços, e ali mesmo tudo aconteceu. Foi uma mistura de corpos, um cruzamento de sentidos, nada fazia sentido.
Ambos se amaram como se o mundo só houvesse para os dois.
Ali onde os olhos alheios se manifestavam , os dois viveram seu ardente amor eles ultrapassaram todas as barreiras. No fim, foram corpos contentes, almas nuas, desejos atendidos. Ali um descobriu o seu quê, que lhe faltava, exatamente ali no outro. Foram-se, tendo por companheira a lua, e secretaram em si a molecagem que fizeram... eles não são mais os mesmos...jamias serão.

Um comentário:

  1. Voluptioso.
    gostei :)
    como sempre eu gamo no que vc escreve né ^^

    alias coloquei lah nos favs do DESevolução :)

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