quarta-feira, 1 de julho de 2009

O comportamento de Maria

As coisas, as pessoas, o mundo muda.
Maria mudou. Mudou muito, mas continua a mesma.
Se ontém Maria escandalizava tudo, hoje Maria prepondera.
O primeiro amor de Maria faz com ela seja cada vez mais adulta,
embora Maria nunca vá deixar sua criança morrer.
Maria fugia da vida, hoje vai de encontro à ela.
Maria mudou tanto que hoje faz tudo aquilo que dizia que jamais faria.
Maria descobriu que seu guarada-roupas, seu corte de cabelo, a cor de suas meias,
nada disso tem importância quando se sabe o que quer.
Maria sabe que suas atitudes chocarão o mundo, mas não é por isso que Maria desistirá de ser como é.
Maria se sente uma adolescente, do tipo que não sabe ainda se deixou de ser criança
e se chegou a ser adulta. Ela aje conforme lhe cai bem, e Maria se diverte muito assim. Maria sabe o preço que tem de pagar por viver sem limites, mas está disposta a
pagar o preço. Tudo é justo, é uma troca.
Nos seus anseios mais íntimos Maria ainda sonha com o vestido branco.
Na suas realidades mais verdadeiras Maria se permite tudo, inclusive aquele amor que a arrebata, que lhe dói o estomago, que lhe arranca as visceras.
Quando estão juntos Maria se entrega, ali, eles são como dois animais.
O cheiro de um é como imã para o outro.
O suor da pele, o palpitar do coração, a ansia que os move faz com que Maria queira sempre mais. Da vez mais recente Maria descobriu que ser mulher pode ser melhor do que imaginava. O formato de seu corpo foi feito exatamente para se encaixar no dele.

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