terça-feira, 28 de abril de 2009

Maria Maria

Maria já trocou centenas de vezes de roupa. Colocou vestidos, jeans, saias. Mudou de sapatos a cada troca de roupas. Chorou, gritou, achou que não tinha nenhuma roupa. Brigou com o espelho e por fim, derrotada, sentou-se na cama. Imaginou como ele estaria naquele momento, bêbado, com alguma vadia, em qualquer canto da cidade.

Escolheu um vestido vermelho, rodado, até o joelho, ajeitou o cabelo, passou uma boa camada do seu batom vermelho paixão, tomou uma dose dupla de Blue Label, e saiu. Maria rodou a noite toda, todos os bares da cidade, e nada, nenhum sinal dele, vivo ou morto, apenas sumido. Por fim acabou num bar, esses botecos de boêmios, exausta, humilhada, vencida. Bebeu; bebeu ao fim da sofreguidão imposta por si mesma. E na bebida achou o homem de sua vida. Ele estava ali, bem ao seu lado. Chamava-se Fernando o homem que mudaria sua vida. Ele lhe deu uma rosa, chamou um táxi, levou-a para si. Fizeram amor todo o finzinho da madrugada . Ao meio dia foi pedida em casamento. Às duas assistiram um filme. Às sete jantaram. Um mês depois Maria descobriu que estava grávida. A música que tocava naquele bar, jamais deixou de ser ouvida.

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