terça-feira, 28 de abril de 2009

Poderia ter sido, e o foi.

Era sábado. Assistia solitária a comédias românticas escolhidas a dedo por si mesma.
Nada tinha a fazer, ou provavelmente esta fosse a sua escolha. Entre cenas e distrações, descobriu um novo amigo em sua página pessoal. Era daqui mesmo, elogiava suas fotos, e a intenção delas. Puxou assunto, microfone ligado, ruídos. Pediu o numero de telefone; quarenta minutos. Combinaram com muito receio de se encontrar na noite do dia seguinte. Ela privou-lhe de seu endereço e pediu que a buscasse na praça, perto dali.
Foram a vários lugares, comeram, beberam, falaram. Ele mais que ela; em duas horas ela sabia tudo sobre ele. Ele elogiava seu sorriso, sua espontaneidade, seu jeito fácil de atrair e conquistar. A distancia emocional quase já não existia eram um o reflexo do outro, embora fosse a primeira vez que se falassem, e falaram de tudo, e de nada.
Pediram a conta, se foram. Ela pediu pra dirigir seu carro, ele aproveitou a chance de redescobri-la. Não muito longe parou o carro, e beijaram-se. Beijaram como se só houvesse no mundo, um e o outro. O passado de cada um era uma sombra. Ele ligou para ela a semana toda, ela não cedeu. Uma semana depois ele a pediu em namoro.
Ela entregou-se, foi ela mesma, amou, amou por dez dias, tempo que durou o sonho. Porque depois disto ele lhe telefonou terminando tudo. Voltou para a noiva de dez anos, da qual havia se separado há pouco tempo. Vão se casar. A ela restaram fotos, lembranças e amigos. Cresceu o desejo ainda maior de liberdade. Sua voz jamais se calará, por que ela aprendeu que o sentido do amar é ser livre. Liberta estás. Ela por isso, não derrubou lágrima sequer. Sorriu e desejou que fossem felizes, afinal ele descobriu o verdadeiro caminho de sua Lenda Pessoal, e ela o respeita por isso.

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